tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post7000474411416429216..comments2023-07-30T12:26:20.513-03:00Comments on Na contramão: A transposição do Velho ChicoAna Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-68168870053476753362007-06-21T16:50:00.000-03:002007-06-21T16:50:00.000-03:00hum, não tinha pensado nisso, não tinha visto a co...hum, não tinha pensado nisso, não tinha visto a coisa por este ponto de vista. Se é assim, concordo com você. Mas acho que seria uma boa poder levar água pra aquele povo todo lá do Nordeste.<BR/>O problema de esperar os estudos neste país é o mesmo de esperar pela justiça, demoooooooooooooora...Ana Luiza Paes Araújohttps://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-65310305332690689212007-06-21T16:35:00.000-03:002007-06-21T16:35:00.000-03:00Acho que ninguém é contra a possibilidade de melho...Acho que ninguém é contra a possibilidade de melhorar o problema da seca nos estados nordestinos. Pelo menos ninguém com um mínimo de sanidade. O problema que alguns apontam é que, como mais uma desses projetos feitos a toque de caixa (a idéia já existia a um tempo relativamente grande, mas os estudos para a implantação do projeto são recentes), a solução pode se tornar pior que o problema.<BR/>A seguir transcrevo algumas informações da Fundação Joaquim Nabuco, que ajudam a dimensionar melhor a questão:<BR/>Na tentativa de solucionar o problema de vazão do rio, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco - CHESF, construiu a represa de Sobradinho que manteve, de certa forma, a vazão do rio em patamares adequados para a geração de energia no complexo de Paulo Afonso. Mesmo assim, dadas as secas periódicas que assolam a região, a referida represa tem operado, com certa freqüência, em níveis críticos, chegando a voltarem à tona as ruínas da cidade de Remanso (alguém aí lembra da música do Sá e Guarabira?) no Estado da Bahia, que ficou submersa com a construção dessa represa e que foi reconstruída em uma cota mais alta, longe das águas. <BR/>Ora, se a antiga Remanso volta a aparecer no período de seca, isso nos leva a crer que o leito do rio praticamente volta a ser o que era antes de ser represado e que as águas, antes acumuladas para resolver os problemas de geração de eletricidade e de irrigação, não atendem mais àquelas finalidades. <BR/>Informações colhidas por engenheiros da CHESF, mostram que na época das secas a represa de Sobradinho chega a ter um volume acumulado de água de apenas 13% de sua capacidade. Imaginem se, uma vez instalado esse quadro de penúria hídrica, tivéssemos ainda que subtrair mais água do rio para atender ao abastecimento do Nordeste. Simplesmente não haveria água suficiente para a geração de eletricidade, a irrigação e o abastecimento das populações ribeirinhas. <BR/>O Rio São Francisco, hoje, possui uma vazão média em torno de 2.800 m³ de água por segundo, com o comprometimento de 2.100 m³ por segundo pela CHESF, para geração de energia elétrica, sobrando, por conseguinte, 700 m³ por segundo de água, previstos para serem utilizados nos processos de irrigação. Isso corresponde a uma capacidade de irrigar aproximadamente 1.000.000 de ha nas margens do São Francisco, que é o potencial irrigável do vale. Outros usos das águas do São Francisco, como o desvio para a irrigação de outros estados, implicariam na diminuição desse volume, pondo em risco todo o processo de irrigação praticado no vale, como também o de geração de energia elétrica ali existente. Esta espécie de "conta bancária" do uso das águas já nos parece operar no vermelho.<BR/>Há vários outros estudos que podem ser encontrados e que examinam com muito cuidado a questão, prevendo que o problema apresenta uma solução muito mais complicada do que apenas o que seria relativo a mera transposição do Velho Chico.<BR/>Não estou dizendo que a transposição não seja possível, nem que não seja válida. Só acho que o problema deve ser estudado com mais calma e profundidade. Afinal, um desastre ecológico, depois de instalado, só vai tornar a vida de todo mundo que vive a volta do rio, muito pior do que já está agora. Então, que venham antes os estudos de meio ambiente e as respostas as questões levantadas pelo pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco (João Suassuna - que não se perca pelo nome).Calhttps://www.blogger.com/profile/03318041942457760337noreply@blogger.com