tag:blogger.com,1999:blog-61738430874646880262024-03-05T09:22:39.611-04:00Na contramão<img src="http://i157.photobucket.com/albums/t67/priscilla_uerj/naacontramo2.jpg" />Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.comBlogger97125tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-30345483717566418722009-09-24T07:48:00.003-03:002009-09-24T08:03:28.664-03:00E Obama não gostou da minha idéia!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlXmhHti8YdQNbSMCOvVU87Gb2geY7YJBgcgDi75lPbCTni91zs3uV50yTAZIEe06U8Z6Mf057H7sT05DfjR8GxFGaNAdoAhAyYqBWWTxGkVVryr3EJPVycDnYVp1_4NsbXp8mMS93p1E/s1600-h/0,,22575982-FMM,00.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 228px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlXmhHti8YdQNbSMCOvVU87Gb2geY7YJBgcgDi75lPbCTni91zs3uV50yTAZIEe06U8Z6Mf057H7sT05DfjR8GxFGaNAdoAhAyYqBWWTxGkVVryr3EJPVycDnYVp1_4NsbXp8mMS93p1E/s320/0,,22575982-FMM,00.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384984386492816674" /></a><br /><br />Segundo Obama, os países devem se ajudar e não "esperar que os EUA resolvam todos os problemas do mundo".<br /><br />"Os que costumam repreender os Estados Unidos por atuar sozinho no mundo não podem agora ficar à margem e esperar que os Estados Unidos resolvam sozinhos os problemas mundiais", disse. "É tempo de que cada um de nós assuma sua responsabilidade na resposta global aos desafios mundiais." <br /><a href="http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1314987-5602,00-NAO+QUERIAM+QUE+OS+EUA+RESOLVAM+TODOS+OS+PROBLEMAS+DO+MUNDO+DIZ+OBAMA+NA+ON.html"><br />ver na íntgra</a><br /><br />Parece que o meu querido Obaminha, para quem fiz campanha e ainda deixo o link do site de mesma época, leu meu blog ontem e não gostou nada da idéia de ser babá das Américas. <br />Obama, meu caro e ilustre leitor (te acho um charme!), você está coberto de razão nas suas afirmações supracitadas, como é de costume. Mas é que daqui do alto da minha carioquisse, me coloquei numa preguiçosa situação de conforto e esperava uma deliciosa mamadeira no colo confortável do Tio San, enquanto víamos a guerra pela televisão...<br /><br />Vou me emendar e parar de cobrar tanto assim de vocês. Eu prometo!Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-40072376160824936822009-09-23T08:37:00.003-03:002009-09-23T08:43:28.030-03:00Tonturas, digo, Honduras<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhum7L_kG9ihJpHWcpvlJPhF16KjwLAeSL9fb-vNiimSeuYndld4qlw7evsKh_fbrC8ExrCFYSdp9YxGo-rKc-_9x3_JZkb5ItPi-x-UnhWv-W3Jjs1h78F1c_sVaj9CblTUOWI1pqEzhk/s1600-h/manuelzelaya1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhum7L_kG9ihJpHWcpvlJPhF16KjwLAeSL9fb-vNiimSeuYndld4qlw7evsKh_fbrC8ExrCFYSdp9YxGo-rKc-_9x3_JZkb5ItPi-x-UnhWv-W3Jjs1h78F1c_sVaj9CblTUOWI1pqEzhk/s320/manuelzelaya1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384627007065526018" /></a><br /><br /><br />Policiais e militares dispersaram com bombas de gás lacrimogêneo, carros hidrantes e uma antena que emitia um som ensurdecedor os manifestantes que se aglomeravam diante da embaixada brasileira na terça-feira. Os manifestantes pró-Zelaya se defenderam jogando pedras, num conflito que deixou dezenas de feridos e presos. (O Globo on line, 23/09/09)<br /><br />Não, meus caros leitores. Ainda que as semelhanças saltem aos olhos, o texto acima não trata de uma resposta da PM a uma manifestação de estudantes de uma universidade pública brasileira. Trata-se do posicionamento de uma embaixada brasileira diante de uma revolução civil num país da América Central. <br />Meus amigos mais próximos sabem das minhas declarações absurdas sobre política, índios, quilombolas e afins. Ontem foi dia de uma delas. Com a naturalidade de quem solta um peito eu disse: “acho um absurdo que a Honduras seja dado o status de país, que dirá se achar no direito de se relebelar”. É, eu sou um monstro! Mas olhem bem para o que está acontecendo em Honduras. É digno de uma gerra civil africana, acho mesmo que os africanos são mais organizados. Enquanto a Coréia e o Irã aterrorizam o mundo com suas demonstrações de aquisições bélicas de ponta, o Brasil compra caças de sei lá quantas mãos da França só pra mostrar ao resto do mundo que sua última aquisição de material bélico não foi na Guerra do Paraguai! E Honduras aprendendo a fazer revolução com Uganda, sei lá?<br />É por essas e outras que eu acho que as Américas, ou ao menos os países sérios das Américas (estou excluindo os comunistas e os oligarquistas, trato aqui só dos sérios e queria muito nos incluir nisso) deviam de uma vez por todas pedir proteção do exército americano, fazer de vez uma aliança pública e travar uma cruzada civilizatória nessas terras do Novo Mundo.<br />O Brasil consegue deportar pugilistas cubanos, que só quererem ter autonomia e domínio sobre suas próprias carreiras, e ao invés de se posicionar de vez e dar azilo político ao tal presidente deposto de Honduras – se é assim que o Estado brasileiro acha que deve proceder, uma vez que se aliou ao homem – esconde o dito cujo na embaixada como um rato, submentendo os funcionários da mesma a ficarem sem luz e água e a enfrentar uma revolução como quem contém um motim de estudantes da USP que querem ocupar a reitura e fazer um churrasco com os membros do reitor.<br />Ta vendo? É por issoque eu evito escrever sobre política. Sou um monstro sem coração e sem pátria!Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-38057799862481873632009-09-17T07:55:00.003-03:002009-09-17T08:06:01.878-03:00Bate papo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8Mjh714hIYVds6lnG6zpKlXrVj1RqblpnomI94kjw0CY5tEft4jKcwMJFpt0m_rKbGRf2IpGTgmwhnubqpJG4CeVBb0GTbTHYGVmXiEOQeWNidKEgtyoLvS9fVS7IqT-gromN8jq7tJw/s1600-h/marquise_de_pompadour.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 241px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8Mjh714hIYVds6lnG6zpKlXrVj1RqblpnomI94kjw0CY5tEft4jKcwMJFpt0m_rKbGRf2IpGTgmwhnubqpJG4CeVBb0GTbTHYGVmXiEOQeWNidKEgtyoLvS9fVS7IqT-gromN8jq7tJw/s320/marquise_de_pompadour.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5382390841092995154" /></a><br /><br /><br />Ontem ao chegar, meu namorado me comunicou que tinha cinco trabalhos da faculdade para fazer no final de semana. Todos os dias vejo meus colegas de trabalho, da mesma faixa de idade que eu, saindo do na hora certa para irem à aula. É estranho porque parece que eu não estou fazendo nada da minha vida. Mas é bem feito! Quem mandou eu ser precoce? Quem mandou eu me formar antes que os meus amigos entrassem na faculdade?<br />Como pode uma pessoa se sentir excluída de um grupo do qual, mal ou bem, faz parte? Aí resolvi voltar a estudar, fazer uma pós-graduação, sei lá. Beleza, primeira decisão tomada! Mas o que fazer? Me formei em história e trabalho na área de compras e logística do ramo do petróleo. Tudo a ver né?<br />Caros leitores, preciso de sugestões! Estou sofrendo de abstinência de textos, salas de aula e prazos de entrega de trabalho. Mas o que mais me faz falta, de verdade, é ter um objeto de pesquisa e observar resultados.<br />Socooooooooooooorro!<br /><br /><br /><br />Na imagem: Marquesa de PompadourAna Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-89830412528883985312009-09-09T12:39:00.008-03:002009-09-09T16:38:05.123-03:00Tá ruim? Pumbicufica!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIy5AgeTCJ_Wbk7IiI3qBGOPMxZHQ_Fj04FU0eW_eZ2dJ8v_61rzcsbCugTPEcih-d_seYxHToVMPUL-Kfjl107iKtppEdz9tXmmKiluommJxDlaEJl7WG5aoX8QlP0UkrslNOyBnlQv0/s1600-h/pombo.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 274px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIy5AgeTCJ_Wbk7IiI3qBGOPMxZHQ_Fj04FU0eW_eZ2dJ8v_61rzcsbCugTPEcih-d_seYxHToVMPUL-Kfjl107iKtppEdz9tXmmKiluommJxDlaEJl7WG5aoX8QlP0UkrslNOyBnlQv0/s320/pombo.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5379498522365055266" /></a><br /><br />Segunda-feira, 07 de setembro de 2009<br /><em>E o dia começou assim: </em><br /><br />Eduardo _ Fomos lá na casa nova agora.<br />Ana Luiza _ E aí? O pintor tá lá?<br />Eduardo _ Tá sim. Ele disse que não vai sair. Podemos mudar hoje.<br />Ana Luiza _ Arruma o caminhão que a gente arruma as coisas e muda então.<br /><br /><em>Minutos depois...</em><br /><br />Ana Luiza _ conseguiu?<br />Eduardo _ Sim. O caminhão estará aqui em três horas. Vamos mudar?<br />Ana Luiza _ Vamos. Vou arrumar as coisas.<br /><br /><em>E passou o dia, o caminhão foi carregado e descarregado na esperada casa nova. Feita a mudança os personagens exauridos sentaram-se no quintal e sentiam a brisa fresca. Eduardo e Rafael fumavam...</em><br /><br />Eduardo _ Olha, um pombo. Ele está com a pata quebrada, ta mancando. A gente podia pegar ele, colocar aqui em casa e cuidar dele.<br />Rafael _ Não, Edu. Pombo é um bicho sujo, ele traz doenças. A gente não pode ter um pombo.<br />Eduardo _ Ué, a gente limpa ele.<br />Ana Luiza (numa tentativa de dar a idéia de vermifugar o tal pombo) _ É, a gente <strong><em><em><em>pumbicufica!</em></em></strong><br /><br />Gargalhadas coletivas!</em><br /><br />Este é um exemplo de associação bizarra que o cérebro humano é capaz de fazer. Mas, como não acredito em acaso, nem gosto de disperdiçar bons neologismos, adotei o pumbicufica e o transformei em algo maior do que uma simples palavra: pumbicufica é um estilo de vida.<br />Ao longo dos novos textos vou registrando aqui as características e preferências de um pumbicuficador. Seja você também! Junte-se a este movimento pombístico!<br />Gruuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuun (onomatopéia de pombo)<br />Dedico este post À Aline Luz, defensora de todos os pombos frequentadores dos telhados e praças do mundo inteiro.Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-24076826477880784422009-09-03T17:08:00.004-03:002009-09-03T17:27:14.784-03:00Teresa<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSajstEVkiR2MK-ss3Gyji5eavGzsGtBhMuL7KnyLnyhMfAzzT0PYO9cLd7KzpxjOe81YOhVfn1T9BYbeGLt63C5SPL2EN8MZ5xrHlTu0LA77bZHcGzpgyumJp9AYJReH2vUK39BYQZMA/s1600-h/olhar_ninja-3275.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSajstEVkiR2MK-ss3Gyji5eavGzsGtBhMuL7KnyLnyhMfAzzT0PYO9cLd7KzpxjOe81YOhVfn1T9BYbeGLt63C5SPL2EN8MZ5xrHlTu0LA77bZHcGzpgyumJp9AYJReH2vUK39BYQZMA/s320/olhar_ninja-3275.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5377340409998625074" /></a><br /><br />TERESA<br />Manoel Bandeira, 1925.<br /><br />A primeira vez que vi Teresa<br />Achei que ela tinha pernas estúpidas<br />Achei também que a cara pareccia uma perna<br /><br />Quando vi teresa de novo<br />Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo<br />(Os olhos nasceram e ficaram dez anos eperando que o resto do corpo nascesse)<br /><br />Da terceira vez não vi mais nada<br />Os céus se misturaram com a terra<br />e o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face das águas.<br /><br />Lembro que da primeira vez que li este poema gostei tanto que quis ser Teresa. À época eu enviei pro meu então namorado e perguntei: “eu sou a sua Teresa?”. <br />Por que mulheres fazem estes tipos de perguntas estúpidas que obrigam os homens a buscarem em seus passados remotos ou recentes a resposta?<br />Ele me respondeu que não poderia me dedicar o poema nem fazer de mim sua Teresa por já ter existido outra Teresa antes de mim a quem havia presenteado com as palavras de Manuel Bandeira. Murxei!<br />Aprendi que não se deve fazer perguntas ao par romântico se não tiver certeza da resposta? Nada! não aprendi nada!<br />Ontem cheguei em casa e perguntei ao meu namorado (que já não é mais aquele da Teresa) se ele ainda me achava bonita. Ao que ele prontamente me respondeu: “sempre achei!”. Não satisfeita com a fofura do menino, numa ânsia louca de ser novamente decepcionada por uma resposta baseada num pretérito construido por outras tantas Teresas, perguntei: “falta alguma coisa?”. Os dois segundos de silêncio necessários para que o rapaz concatenasse a pergunta e me respondesse pareceram uma infinidade de horas. Rufaram os tambores, tremeram meus joelhos, o chão começou a rachar para se abrir quando, de re pente, num soar de clarins me veio a resposta: “se falta alguma coisa eu não percebi”. Ooooooooooonwwwwwwww! Gente! Completamente diferente! O trauma terminava ali e eu tinha a certeza de que o meu namorado é coisa mais fofa que já inventaram.<br />Não se deve fazer comparações entre o novo e o velho quando se trata de pessoas, mas no meu caso comparações e análises do comportamento humano são inevitáveis. E, graças a Deus, a comparação teve um saldo extremamente positivo!<br /><br />Já que comecei com um poema de Manuel Bandeira, termino com outro, desta vez dedicado ao meu amor:<br /><br />Manuel Bandeira<br /><br />Teu corpo claro e perfeito,<br />- Teu corpo de maravilha,<br />Quero possuí-lo no leito<br />Estreito da redondilha...<br /><br />Teu corpo é tudo o que cheira...<br />Rosa... flor de laranjeira...<br /><br />Teu corpo, branco e macio,<br />É como um véu de noivado...<br /><br />Teu corpo é pomo doirado...<br /><br />Rosal queimado do estio,<br />Desfalecido em perfume...<br /><br />Teu corpo é a brasa do lume...<br /><br />Teu corpo é chama e flameja<br />Como à tarde os horizontes...<br /><br />É puro como nas fontes<br />A água clara que serpeja,<br />Que em cantigas se derrama...<br /><br />Volúpia da água e da chama...<br /><br />A todo momento o vejo...<br />Teu corpo... a única ilha<br />No oceano do meu desejo...<br /><br />Teu corpo é tudo o que brilha,<br />Teu corpo é tudo o que cheira...<br />Rosa, flor de laranjeira...Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-63172921900598639822009-07-22T12:52:00.003-03:002009-07-22T12:59:35.591-03:00Macaé e maus costumes<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx5bVjRV77lrlAzGdaEX_TwTDcrK963kbOVQICp0H4YGYDlEMudbik9Z52_COF5W6OAdXSAwex4fyAoAexLr07YrhrXidfkWVWKpNb2f-X58WVJBRpNvyIf2W5O3CKc2ZbL_noMJQEDl0/s1600-h/macae-rjg5.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 229px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx5bVjRV77lrlAzGdaEX_TwTDcrK963kbOVQICp0H4YGYDlEMudbik9Z52_COF5W6OAdXSAwex4fyAoAexLr07YrhrXidfkWVWKpNb2f-X58WVJBRpNvyIf2W5O3CKc2ZbL_noMJQEDl0/s320/macae-rjg5.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5361314772374476674" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvsz4zSKUWe3-7yai4tExUM_M9buvBecdnRUZMyxUduJb1AYJjkJK5uY6HluxhFUBK2rGgEJ8l6prI9dt1fi-YDwQBmGUDvq47gjpA58yfEAZOsF8ZQ_Y5Jn2-YC8Gg8x8Tb_-gxQUNaA/s1600-h/prefeitura1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvsz4zSKUWe3-7yai4tExUM_M9buvBecdnRUZMyxUduJb1AYJjkJK5uY6HluxhFUBK2rGgEJ8l6prI9dt1fi-YDwQBmGUDvq47gjpA58yfEAZOsF8ZQ_Y5Jn2-YC8Gg8x8Tb_-gxQUNaA/s320/prefeitura1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5361314255334269442" /></a><br />Engraçado como regimes terminam, mas costumes permanecem. É como dizia uma professora minha: “fazer uma revolução política é fácil, dificil é fazer uma revolução de costumes, de pensamento”. O “Antigo Regime” tupiniquim terminou faz já algum tempinho, mas herdamos e reproduzimos costumes da época até hoje. Macaé é um belo lugar pra se observar este tipo de coisa. Pra quem não sabe, a região de Macaé, antes das empresas petrolíferas sonharem em habitá-la, sempre foi dominaga por clãs familiares, tal qual a vizinha Campos dos Goytacazes – que foi um importante polo escravista do Brasil.<br />Dia desses eu estava relendo um livro intitulado “Negociação e Conflito” (deixando o meu namorado sem entender o motivo da releitura, uma vez que a cada parágrafo eu soltava uma risadinha debochada e sarcástica. Logo depois eu expliquei a ele que só relia pra afagar o meu ego intelectual, e também porque os documentos do apêndice eram muito bons.) do João José Reis. Este livro tem documentos fantásticos publicados como apêndice. Num deles há uma fala de um escravo que ao ser interrogado pela polícia acha por bem ressaltar que ele pertance ao Visconde (que agora não consigo me lembrar de que) numa tentativa de intimidar a autoridade. É como se ele dissesse: “Suncê sabe cum quem ta falano?”. Era como se a autoridade, o poder e as posses do dono passassem pro escravo naquele momento, porque ferir, prender, ou alienar de alguma forma a ele era o mesmo que causar dano ao seu senhor, afinal de contas, mexendo com ele estar-se-ia mexendo numa propriedade legítima do tal Visconde.<br />Isso também acontece aqui nas longínquas terras de Macaé. Para ilustrar tenho dois exemplos maravilhosos. O primeiro trata de uma das “tias” da faxina aqui da empresa. Ela trabalha na casa do Country manager e costuma tomar para si a autoridade que é dele. Para ela a proximidade dele (por lavar as cuecas dele, sei lá) a torna tão poderoso quanto e esta impáfia é clara em quase todas as falas dela, ainda mais quando está a mando dele. Tal qual esse escravo do Visconde... Outro exemplo é o de uma engenheira recén-contratada. Ela é sobrinha de um dos últimos fazendeiros da antiga Macaé. Tem um sobrenome tradicional e a pose de sinhá. Todas as vezes que vem ao almoxarifado buscar alguma coisa, o faz como se estivesse dando órdens aos peões da fazendo do titio.<br />É assim a vida nesta terra de Malboro, os maus costumes são passados de pai para filho, de geração em geração. Esses dias eu fiz uma afirmação pavorosa sobre o povo brasileiro... mas isto é assunto para um outro post.Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-20533291572700860932009-07-21T16:39:00.002-03:002009-07-21T16:44:27.613-03:00Novo amor, falta de inspiração, muito trabalho e afins.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjItnR1I6rxzfaQPjxpBdJunTxcArVovpwIC3H3rYAklxhtZWOdEooOkflz0TM44a_Ey4EwW0_E6TMMOGoBrVX73bus1IxqJcPK9Phc2HvVWXwr6LBcZIhJJlKlEe4okl9pltSzsu0eSmg/s1600-h/100_6632.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjItnR1I6rxzfaQPjxpBdJunTxcArVovpwIC3H3rYAklxhtZWOdEooOkflz0TM44a_Ey4EwW0_E6TMMOGoBrVX73bus1IxqJcPK9Phc2HvVWXwr6LBcZIhJJlKlEe4okl9pltSzsu0eSmg/s320/100_6632.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5361001636450320770" /></a><br /><br />O <a href="http://tabomentao.blogspot.com/">Mineiro</a> tem me cobrado muito um novo texto, uma atenção maior para com o meu blog. Já expliquei a ele que, como meus leitores mais fiéis já sabem, só consigo escrever alguma coisa que preste quando estou triste, sofrendo ou sentindo alguma dor. Foi assim com muitos grandes autores (não que eu me querira grande) como Nelson Rodrigues, que tinha úlcera; Ferreira Goulart, que usava seu sofrimento como tinta para sua caneta, entre outros.<br />Tenho trabalhado muito, namorado muito, vivido muito bem e, logo, não tenho tido motivos, inspiração nem tempo pra escrever. Não quero que vocês, caros leitores, achem que não me importo com o blog nem com aqueles que o leem (agora sem acento circunflexo por causa desta ridícula reforma ortográfica, que tem me desmotivado e muito no que concerne à escrita da língua portuguesa. Cambada de acadêmico sem objeto de pesquisa revelante e com tempo e vontade de mamar nas tetas das sérias instituições públicas de incentivo à pesquisa que se quer científica!). <br />Vou me obrigar a postar pelo menos um vez por semana um texto, ainda que pequeno. Até porque, escrever é igual a músculo: se não exercitar, atrofia!<br />Espero vê-los sempre por aqui, amigos leitores e leitores amigos, ou mesmo somente os amigos que me leem por serem meus amigos...<br />Mas, como todo escritor é solitário e egoísta, na medida em que escreve para satisfazer seus desejos mais íntimos, para amaciar seu próprio ego e para despejar em cima de um possível futuro leitor todas aquelas coisas que o afligem e atormentam, vou entender se vocês me deixarem!<br />Voltem sempre, fiquem à vontade.Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-84783051426083744792009-04-23T15:07:00.002-03:002009-04-23T15:17:25.814-03:00A Burguesia bebe<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq8XRXFhpRfuWlIOHGcuwj9aoY9Yl7oAxbWV9gzxS-ncSM5vgCPuP3PrjXCT2VdpYP9uUlU3a4ud69XID0o_r05lWlFqhcx8SuFE02wDoMH16qsqapK7pVyIWx7zg1qTqXl3MYSm3ABmE/s1600-h/monet_giverny.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 284px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq8XRXFhpRfuWlIOHGcuwj9aoY9Yl7oAxbWV9gzxS-ncSM5vgCPuP3PrjXCT2VdpYP9uUlU3a4ud69XID0o_r05lWlFqhcx8SuFE02wDoMH16qsqapK7pVyIWx7zg1qTqXl3MYSm3ABmE/s320/monet_giverny.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5327952460721478306" /></a><br /><br />No último domingo tive a oportunidade de passar um dia em meio à “burguesia". Eram mais ou menos 10:00h e minha mãe me ligava chamando-me para encontrar com ela na piscina do Iate Club Icaraí. O dia estava lindo, eu não tinha nada melhor em mente e precisava passar um tempo com ela. Fui. Estávamos lá a convite de uma amiga da minha mãe. É aquela velha história: “não tenho dinheiro, ams conheço quem tem!”. Foi tudo ótimo, ela é uma graça de pessoa, extremamente simples e engraçada. Após a piscina e a sauna, ela nos convidou para almoçar em sua casa. Fomos. Lá chegando, mesa posta, convidados e o marido dela à mesa, um suculento peixe cozido nos aguardava. Como de costume, me dediquei a um trabalho de observação enquanto todos almoçavam e conversavam.<br />Ali se encontravam um pastor, o filho da anfitrião, bem novo, bonito e muito educado, mas que não se demorou muito; um casal, sendo um remanescente de uma família tradicional dos tempos de glória de Macaé, e a sua esposa uma psicólogo secretária guardiã de alguma coisa no Sana (só melembro que ela falou muito de seu cargo durante o almoço); e para finalizar com chave de ouro, o marido da amiga da minha mãe, um psiquiatra e músico arranjador, extremamente esnobe tal qual a esposa do remanescente macaense. Enquanto comíamos, a secretária de alguma coisa não sabia falar em nada diferente da Casa de Monet, que ficava a penas a km de Paris e que eles quatro (o que obviamente excluia minha mãe e eu) tinham que visitar de qualquer maneira. O tempo passava e o psiquiatra arrajandor cada vez mais ficava embriagado de vinho português, minha mãe tentava se inserir naquela conversa numa tentativa de ser agravél – e eu nem ai, apenas me deliciava com os juízos que a tal secretária de alguma coisa fazia de nós duas – e de repente o psiquiatra bêbado interrompeu minha mãe dizendo: “Júlia, você disse o que?”, ao que ela respondeu: “eu disse que sempre dei muita liberdade à minha filha”. Aí ele perguntou: “o que é liberdade?” minha mãe titubeou, e talvez porque ele estivesse muito bêbado, não se deu ao trabalho de responder. Mas eu costumo achar que os bêbados tem na bebedeira um momento de produção intelectual muito interessante. Foi enquanto eu pensava na pergunta dele à minha mãe que o emsmo me inquiriu: “Você é livre?” respondi que aquela era uma dificil pergunta. Ele insistiu, talvez achando que me provaria a sua genialidade numa frase de efeito: “Sabe velejar?”, e eu: “não senhor, não sei”, e talvez achando que eu já estava constrangida e pronta para receber o bote final... “Eu tenho um barco, e sei velejar. Eu sim sou livre, não dependo de nada nem de ninguém. Não preciso de companhia nem de combustível, é só vento e velas”. Deixei que ele curtisse sua vitória intelectual por meio segundo, e quando percebi aquele sorriso de canto de boca, e a satisfação revelada num balançar do vinho dentro da taça, respondi: “Então você não é livre. É escravo do vento!”. Naquele momento o semblante dele mudou, e talvez numa satisfação interna ainda maior por ter sido vencido naquele comabte de palavras e idéias, aceitou: “é, somos sempre escravos de alguma coisa!”. Daí por diante ele não tirava mais os olhos embreagados de cima de mim, com se agora só quisesse beber as palavras daquela garota que ousou desconcertá-lo.<br />Daí para frente, a secretária de alguma coisa descambou a falar bobagens e claramente discriminar a mim e a minha mãe depois de saber as nossas profissões e onde morávamos. De prpósito não disse a ela que eu era hsitoriadora formada por uma universidade pública e nem comentei as pesquisas e os simpósios, etc. Deixei-a acreditar que faláva apenas com a recepcionista da NOV, alguém que para ela seria vazio de qualquer tipo de cultura. Eu não ia estragar tudo contando a ela. Não ia interferir no meu objeto de estudo a ponto de estragar toda a imparcialidade da pesquisa.<br />Mas eu não estava errada sobre a capacidade de produção intelectual dos bêbados. Talvez naquele momento o psiquiatra arranjador chegou à mais brilhante conclusão de sua vida: “a gente é sempre escravo de alguma coisa”.<br />No fim das contas, a secretária de alguma coisa do Sana e compania limitada são como uma ibra do famigerado Monet, linda de longe, mas uma terrível confusão se olhada de perto.Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-82023531322761334042009-04-09T09:11:00.001-03:002009-04-09T09:26:43.781-03:00Surpresa!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj07c8IZF-9GfWb2oWXPu7PyiKpBZBuDofET3oyU5mj0sV0LkbGpvixUoDOuuKpZ8OUn3-xRb_JhDyYv5Irx59n0EPJGd4iF96jBAme7lmMIqikP7OPprsdEOFOuDYPhlRpSKyUKDzcAX8/s1600-h/dormindo.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj07c8IZF-9GfWb2oWXPu7PyiKpBZBuDofET3oyU5mj0sV0LkbGpvixUoDOuuKpZ8OUn3-xRb_JhDyYv5Irx59n0EPJGd4iF96jBAme7lmMIqikP7OPprsdEOFOuDYPhlRpSKyUKDzcAX8/s320/dormindo.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5322667063261423490" /></a><br /><br />Existe sensação melhor do que a de ser surpreendido? Não falo aqui de levar um susto, não. Falo do frio na barriga, da vontade inútil de tentar esconder as mãos, como se nelas estivesse escondida toda a vergonha do mundo, falo do sorriso involuntário que é fruto da surpresa. Quando a vida se repete naquela mesmice pobre, quando as coisas e as palavras permanecem no mesmo lugar tanto tempo que só fazem acumular poeira em volta, quando o tédio toma conta, nada melhor do que uma surpresa. E não é qualquer um que tem o dom de surpreender. Importa tanto a iniciativa quanto o modo. Felizardo é aquele que encontra alguém que tem o dom de surpreendê-lo a cada dia e sempre de maneiras diferentes. Surpreenda alguém hoje!Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-67508704540080109812009-04-07T17:01:00.002-03:002009-04-08T21:58:31.582-03:00Ah! Os Romanos!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZU_yGUmeIRhr7k42OEDjvQe9E7YHtt9O58uIvEVwz5xEBFmukrOeP4oxcz9I6Zk06kTTJT-je8TDzIuSwUvXIaRg1w86nJPKravxJcpG-xR8aFb7DJzgEru1DYObaZDU4g-0oH0Nxsjc/s1600-h/Grande_Ludovisi_Altemps_Inv8574.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 181px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZU_yGUmeIRhr7k42OEDjvQe9E7YHtt9O58uIvEVwz5xEBFmukrOeP4oxcz9I6Zk06kTTJT-je8TDzIuSwUvXIaRg1w86nJPKravxJcpG-xR8aFb7DJzgEru1DYObaZDU4g-0oH0Nxsjc/s320/Grande_Ludovisi_Altemps_Inv8574.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5322043166450198610" /></a><br /><br />Nunca entendi de fato a verdadeira razão da metodologia romana de conquista de território, até agora. Como historiadora eu até que me dava por satisfeita com aquela clássica explicação que rezava que os romanos assimilavam a cultura dos povos conquistados porque – para além da curiosidade natural deles pelo desconhecido – o ser humano em geral tem uma capacidade, ou mesmo uma necessidade, natural de aprender e esta é sempre maior do que a capacidade de desaprender. Na verdade, quando uma pessoa realmente aprende alguma coisa nunca mais consegue se desvencilhar daquele aprendizado, ainda que ele vire apenas uma vaga lembrança. O que fazemos ao longo da vida é aprimorar, nos reinventar, mas sempre baseados num ponto de partida.<br />Os romanos fizeram isso com os gregos. Conquistaram, submeteram, assimilaram, aprimoraram e subrepujaram. Mas não teriam sido exatamente o que foram se os gregos não tivem desempenhado o seu papel nesta história. O mesmo acontece conosco. Por diversos momentos queremos evitar situações ou apagar da memória momentos ruins de nossas vida. Mas o que não conseguimos perceber é que se a finalidade da guerra é o triunfo, as derrotas em algumas batalhas foi tão importante quanto as vitórias. É como já disseram: “O universo conspira a nosso favor”. E é como diz a Bíblia: “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”. <br />Há um tempo atrás, alguém que eu amava muito costumava me dizer as coisas que me aconteceriam no futuro, um futuro que eu não poderia didvidir com ele. Eu achava absurdas todas aquelas bobagens que ele dizia, e durante muito tempo eu quis apagar ele e tudo o que dele eu tinha ouvido durantes aqueles anos. Mas hoje eu vejo que ele estava coberto de razão, todas as profecias dele estão se cumprindo e finalmente percebi que restaram em mim manias que eram dele, coisas que eu criticava e que hoje faço igual (como dormir com os pés descobertos). Mas o mais interessante de tudo é que hoje eu percebo que jamais poderei apagá-lo da minha memória, porque tudo o que sou hoje é fruto dessa simbiose, desse resultado de mim mesma que surgiu depois de conhecê-lo e de ter que “esquecê-lo”. Sofrimento faz crescer, quedas ensinam a levantar e amores que morrem nos ensinam mais coisas boas do que ruins. Hoje sou mais completa, mais realista, mais mulher, mais madura, mais determinada, mais dona de mim. Hoje sei que vale à pena assimilar a cultura do povo conquistado e aprender com ele, mas – tal qual os romanos - também sei que não posso me esquecer quem é o conquistador.Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-35994030509429508072009-04-01T10:19:00.008-03:002009-04-07T09:04:13.626-03:00Hegel e o Rock<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0V4bXkiMLdlGipk52watwJVYvASJDrG9HJrFkFdJpvcoxqTtQ46eMAVLqja30JcFM0XHsAESovKRTArnyLyvFbFmCJc55P4FSvbg1G6mC32MLDZWZrxCswzfYrVQu-lH3DsPNWROiUHE/s1600-h/brain.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0V4bXkiMLdlGipk52watwJVYvASJDrG9HJrFkFdJpvcoxqTtQ46eMAVLqja30JcFM0XHsAESovKRTArnyLyvFbFmCJc55P4FSvbg1G6mC32MLDZWZrxCswzfYrVQu-lH3DsPNWROiUHE/s320/brain.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5319718000493617378" /></a><br /><br />Esses dias eu estava conversando com o meu padrinho. Conversas com ele sempre são muito interessantes. Era mais um daqueles almoços de família e, numa tentativa desesperada de não ouvir aquelas mesmas histórias de sempre, conversávamos sobre Hegel. Engraçado porque uma das poucas lembranças muito vivas que eu tenho da faculdade é a de uma aula de filosofia na qual o professor chegou anunciando que não se incomodaria em tentar explicar Hegel para a minha turma porque nós seríamos incapazes de entender. Tudo bem, era a opinião dele.<br />Fato é que naquele almoço de família meu padrinho me fez compreender ao menos o basicão de Hegel. Bem... aí, no final de semana passado eu estava com uma música na minha cabeça que não me largava por nada, e que expressava tudo o que estava sentindo naquele momento da minha vida. E inconscientemente eu me pegava cantando:"should I stay or should I go... tarãrã tãrãrãrã". Um amigo meu, percebendo a minha angústia me apresentou outra música:"Breaking the law, breaking the law<br />Breaking the law, breaking the law". E a cada vez que eu cantava a primeira ele revidava, e me dizia pra não ser tão racional o tempo todo, porque o tempo passava rápido enquanto eu não me decidia. <br />No sábado estávamos num encontro de motociclistas e a música chave do show foi "It's my life<br />It's now or never<br />I ain't gonna live forever<br />I just want to live while I'm alive".<br /><br />Pronto! No dia seguinte eu estava entendendo Hegel à luz de rock and roll. Pensei: "should I stay or should I go" é a tese, "breaking de law" é a antítese e "it's my life" é a síntese. Eureka!<br />É bem verdade que tenho vivido com mais leveza de lá pra cá. <br />Obrigada The Clash, Judas Priest e Bon Jovi pelas músicas e letras inspiradoras. E obrigada, Du, pela trilha sonora!<br /><br />Não sei bem e Hegel ia gostar dessas comparações, mas certamente meu padrinho vai me chamar de louca quando ler isso aqui!Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-49363135879431303072009-02-25T15:51:00.002-04:002009-02-25T15:54:02.610-04:00Prometo!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjalDNJ9J12l3ilKDay3PplT2PJW68ssvfcSkJLiVNp77WBQB2ZTKiw3iaLGqtc_0PPfc1NgCbWuqlgh2IfauBawrKoQwecDNMtSg7Re1ypTi5Ae19_fNXtAOuadvLVQtv6tk-_6yVTBjo/s1600-h/promessa.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 220px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjalDNJ9J12l3ilKDay3PplT2PJW68ssvfcSkJLiVNp77WBQB2ZTKiw3iaLGqtc_0PPfc1NgCbWuqlgh2IfauBawrKoQwecDNMtSg7Re1ypTi5Ae19_fNXtAOuadvLVQtv6tk-_6yVTBjo/s320/promessa.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5306825492831745026" /></a><br /><br />Ana Luiza: _ Tem um livro ótimo, que você precisa ler. O nome assusta, mas é muito bom. Chama-se “memórias de minhas putas tristes”...<br />Renato: _ Aff! Garcia Marques?! Eu já ouvi falar desse livro, mas tenho nojo do Gabriel Garcia Marques. Eu sou assim, quando não gosto do autor, tomo raiva da obra... se bem que ele escreve muito bem!<br />Ana Luiza: _ Tudo bem, o Garcia Marques é um comunista imbecil, mas escreve bem pra caramba! Mas eu também sofro desta doença, sou assim com Chico Buarque, o cara compõe como ninguém, mas é um idiota. Comunista idiota! Acaba que por não gostar dele, me privo de ouvir as músicas dele!<br />Renato: _ Exatamente isso. Eu também não vou com Chico, comunista de merda! Mas do Garcia Marques eu já li várias coisas. Quando Li “Cem anos de solidão” então...<br />Ana Luiza: _ “Cem anos de solidão” eu nunca li, dizem que é muito bom.<br />Renato: Puta que pariu, você tem que ler! Mas o cara é um merda.<br /> Mas eu sou o pior tipo de comunista que existe...<br />Ana Luiza: _ Comunista arrependido?<br /> Silêncio, e em seguida uma sonora e longa gargalhada.<br />Renato: (ainda rindo) _Como você sabia?<br />Ana Luiza: _ Análise do discurso. Convivi muito tempo com um comunista arrependido. Ainda bem que vocês se arrependem!<br /><br /><br />Daí para frente a conversa fluia me fazendo lembrar muitas coisas e, no final de tudo, admitir: ex-comunistas são pessoas muito cultas e interessantes. Isto não se dá por terem deixado de ser comunistas, mas pelo hábito que os intelectuais de esquerda têm de ler tudo lhes é sugerido pelo partido ou pela corrente de pensamento, com uma disciplina e exercício de memória impressionantes, hábito este que os acompanha por toda a vida. O resultado é: mesmo que o cara deixe de ser de esquerda, ele continuará lendo e se tornando cada vez mais culto. Eles têm uma facilidade incrivel de ler coisas boas ou ruins e tirar delas o melhor. Invejo isto, porque sempre fui muito seletiva com as minhas leituras. Nunca consegui ler aquilo que eu achava imbecil ou ruim. Nunca consegui pensar em modos de produção ou em grupos que, ainda que compreendendo pessoas, obedeçam a padrões de comportamento e pensamento. Isto não funciona nem com animais...<br /> Confesso que esta minha “intransigência” fez de mim uma “intelectual limitada”. Por isto vou fazer o caminho inverso. Enquanto todos os meus colegas de faculdade, tendo chegado na UERJ jovens de esquerda e revolucionários - uns marxistas, outros trotskistas e outros ainda maoístas – tendem a se tornar um dia homens de direita cultos e sensatos (infelizmente nem todos o farão), eu que cheguei e me mantive cristã e de direita vou tentar ler de coração aberto (e sem deboches nem preconceitos) a literatura de esquerda. Isto é uma promessa, caros leitores!<br />É claro que vou começar pelos mais inteligentes, e que fique bem claro: Recuso-me a ler qualquer coisa que nosso atual presidente venha um dia a publicar, me basta ouví-lo.Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-70276286876525798402009-02-08T12:04:00.002-04:002009-02-08T12:13:11.019-04:00Como é bobo ser jovem! Como é bom ser bobo!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghr4gbejSG38R40eh91Vnz7pUDmrhTCaAN8RBkop3Mlm6F9u6UzGVt4M_0pypIhgo8VF3wie3ACt_DLwPxN9fVS-YiJYhnaqLxXnjHWwz2B6r3rtG__6EFa2Yi5dxTI2plxv5iNSiqOJw/s1600-h/povo.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghr4gbejSG38R40eh91Vnz7pUDmrhTCaAN8RBkop3Mlm6F9u6UzGVt4M_0pypIhgo8VF3wie3ACt_DLwPxN9fVS-YiJYhnaqLxXnjHWwz2B6r3rtG__6EFa2Yi5dxTI2plxv5iNSiqOJw/s320/povo.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5300460294428716882" /></a><br /><br />Como os mais próximos sabem, sou temporão. Meu pai é muito mais velho que minha mãe e, por consequência, eu sou muito mais nova que meus primos. Por motivos óbvios, cresci sempre cercada de gente velha, de primos que pareciam tios e tios que pareciam avós. Me acostumei a assuntos maduros, sempre tive facilidade de convivência e até mais afinidade com pessoas mais velhas. Com o tempo passei a procurar também a amizade de pessoas muito mais velhas do que eu, por achar que as pessoas da minha idade não tinham maturidade pra conversar comigo. Achava adolescentes e pessoas com menos de 30 anos uma gente chata e desinteressante... cheguei até a levar essas convicções para a vida amorosa. Mas, como diria o sábio Joseph Climber, a vida é uma caixinha de surpresas. Deus me levou pra começar uma vida nova numa cidade praiana e turística, num ramo onde as pessoas começam muito jovens. Nesta última sexta-feira me peguei observando a mesa a qual eu estava sentada com uns amigos de trabalho. O impressionante é que 90% dos integrantes da mesa tinham nascido na segunda metade da década de 1980. Gente, pela primeira vez eu estava sentada à uma mesa onde todos conheciam os meus desenhos animados que eu. E pela primeira vez eu passei a noite terminou sem eu ouvir nenhuma única vez aquela temida frase: “Você não se lembra, isso não é do seu tempo!”. Pela primeira vez eu não precisei desejar envelhecer pra me sentir bem num meio social.<br />Deus quando faz uma obra na nossa vida não a deixa inacabada, nem malfeita. Ele está restaurando cada pedacinho meu que tinha caído da pintura original.Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-2337226478134708022008-12-25T10:45:00.003-04:002008-12-25T11:20:13.056-04:00Desabafo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMBDrrG_7SSGKtFSFldN7SQzfhbR-Khm0UwUF9fqBatjKVwXIyIl7KoAljs8VTVkroNpY68VpAbmO9wp19ERo7hZDb4SfB-Tv8YGTendwHQqRkZoQR0szGULen-9VJP5kuGlcfG7yMhdE/s1600-h/globo.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMBDrrG_7SSGKtFSFldN7SQzfhbR-Khm0UwUF9fqBatjKVwXIyIl7KoAljs8VTVkroNpY68VpAbmO9wp19ERo7hZDb4SfB-Tv8YGTendwHQqRkZoQR0szGULen-9VJP5kuGlcfG7yMhdE/s320/globo.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5283747832884486498" /></a><br />Ando num estado de improdutividade intelectual terrível!<br />Olho para a folha em branco, ou melhor, para a página em branco do word, e não consigo escrever nada coerente, nada que cause orgulho ou satisfação.<br />É engraçado porque a vida dá uns saltos, faz umas curvas e muda totalmente o nosso foco, o nosso rumo. Há três meses atrás eu me via às voltas com uma seleção para mestrado, uma bibliografia de 10 livros e a obrigação de escrever um projeto de pesquisa de 40 laudas. Hoje vivo rodeada de carretas, peões (extremamente educados e agradáveis), sondas, bobinas, embarques e desembarques, PO's e RT's... Não vejo mais televisão, não leio mais jornais, nem tenho nenhuma bibliografia obrigatória. Pela primeira vez na minha vida pós-acadêmica tenho tempo e liberdade para ler por prazer e somente aquilo que tenho vontade. Mas tudo isso me fez perceber que só sou capaz de escrever com um motivo: quando estou muito triste ou aporrinhada, ou quando me sinto obrigada. Com isso, me meti numa inércia intelectual fantástica, numa preguiça literária fora do comum. Isto me incomoda. Sinto-me como uma árvore seca. Mas, em contrapartida, tenho experimentado coisas e sensações novas pra mim. Talvez sejam essas coisas tão mais interessantes que me fazem deixar em segundo plano essas bobagens acadêmicas. A final de contas, porque ter uma produção intelectual séria e linear aos 22 anos se eu posso ser simplesmente uma jovem normal de 22 anos? Talvez seja isso! Talvez, pela primeira vez, eu esteja me comportando como as pessoas normais da idade... <br />É isso! Cansei de ser precoce. Aliás, sem falsa modéstia, cansei de ser brilhante. Um pouquinho de inconseqüência não faz mal ninguém. Cansei de querer envelhecer. Viva a juventude!!!Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-28944061989413465482008-12-10T07:49:00.001-04:002008-12-12T09:17:33.991-04:00De PilequeSe eu não sofresse de aminésia alcoolica, eu escreveria um texto sobre isso...Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-64271642539046668442008-11-26T20:57:00.002-04:002008-11-26T20:58:45.276-04:00MudançaCaros leitores,<br />Há muito tempo não escrevo, mas venho hoje aqui explicar que minha ausência se deve a minha mudança de um modo geral. Nas últimas semanas pedi demissão do meu antigo emprego e consegui emprego numa empresa em Macaé (que fica há 3h da minha antiga residência) e fui morar na casa de uma amiga provisoriamente. Fiquei meio sem inspiração e sem vontade de escrever. Como os meus leitores mais antigos já sabem, escrevo muito mais quando estou mal...<br />Então é isso, só estou dando uma satisfação e prometo que em breve tentarei escrever alguma coisa que preste!<br />Beijos a todos, e obrigada pela visita!Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-53301794376929618532008-11-06T21:04:00.003-04:002008-11-06T21:34:21.388-04:00Obama Kent, e o final dos tempos...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWQ_VY6jNeON-JPZcbLlal-iSPjPba1Mq1RHH8VZzHbgesyklKPwB6xjG5Z_2YhcyOMDTfp2HA_4kxBvTrjx0XQ-4D9nydY09dEDqPDnl1e1ME1IzlW67R_YYR1NNvlXTJbMlkPkLFc50/s1600-h/obama_super_obama.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 207px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWQ_VY6jNeON-JPZcbLlal-iSPjPba1Mq1RHH8VZzHbgesyklKPwB6xjG5Z_2YhcyOMDTfp2HA_4kxBvTrjx0XQ-4D9nydY09dEDqPDnl1e1ME1IzlW67R_YYR1NNvlXTJbMlkPkLFc50/s320/obama_super_obama.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5265722225693649762" /></a><br /><br />Andei pensando... (é isso mesmo! Eu ando e penso ao mesmo tempo.) O mundo todo está eufórico com a eleição de Barack Obama. Pessoas nas ruas, países comemorando como se tivessem ganhado a Copa do Mundo de futebol. Eu mesma fiz campanha para este simpático mestiço, mas agora estou temerosa. Temo porque percebi um detalhe que anuncia possíveis futuros apuros. Trata-se da figura do presidente americano nos filmes de catástrofes naturais produzidos por Hollywood nos últimos anos. Vocês já repararam que em muitos deles o presidente americano é um negão?<br />Pois é, caros leitores... Obama está no poder! O que esperaremos agora? O impacto profundo? O armagedom? O dia depois de amanhã?<br />Eu vou ficar de cá só a observar. Mas deixo registrado que, apesar de não ser a versão black do superman – como parecem acreditar os americanos e metade do mundo globalizado, Obama é lindo!!!!Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-15442833602595810172008-11-02T21:20:00.004-04:002008-11-02T22:07:29.031-04:00Do lado de cá da linha do metrô<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiZqOFNlGU_4iS_6WXF3MVimVZisNi2tDHVrlNTE9lW2CcILv30jMbKJ4NVmK7fiN7HJDjXXWHvjq1x51WFCj8WJZTboEng_oSQpBYkLWA-7bwuvX9iEr9873son13FhfogzEag_oSacA/s1600-h/Imagem602.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiZqOFNlGU_4iS_6WXF3MVimVZisNi2tDHVrlNTE9lW2CcILv30jMbKJ4NVmK7fiN7HJDjXXWHvjq1x51WFCj8WJZTboEng_oSQpBYkLWA-7bwuvX9iEr9873son13FhfogzEag_oSacA/s320/Imagem602.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5264238181937492370" /></a><br /><br />Subúrbio<br />Chico Buarque<br /><br />Composição: Chico Buarque<br /><br />Lá não tem brisa<br />Não tem verde-azuis<br />Não tem frescura nem atrevimento<br />Lá não figura no mapa<br />No avesso da montanha, é labirinto<br />É contra-senha, é cara a tapa<br />Fala, Penha<br />Fala, Irajá<br />Fala, Olaria<br />Fala, Acari, Vigário Geral<br />Fala, Piedade<br />Casas sem cor<br />Ruas de pó, cidade<br />Que não se pinta<br />Que é sem vaidade<br /><br />Vai, faz ouvir os acordes do choro-canção<br />Traz as cabrochas e a roda de samba<br />Dança teu funk, o rock, forró, pagode, reggae<br />Teu hip-hop<br />Fala na língua do rap<br />Desbanca a outra<br />A tal que abusa<br />De ser tão maravilhosa<br /><br />Lá não tem moças douradas<br />Expostas, andam nus<br />Pelas quebradas teus exus<br />Não tem turistas<br />Não sai foto nas revistas<br />Lá tem Jesus<br />E está de costas<br />Fala, Maré<br />Fala, Madureira<br />Fala, Pavuna<br />Fala, Inhaúma<br />Cordovil, Pilares<br />Espalha a tua voz<br />Nos arredores<br />Carrega a tua cruz<br />E os teus tambores<br /><br />...<br /><br />Lá não tem claro-escuro<br />A luz é dura<br />A chapa é quente<br />Que futuro tem<br />Aquela gente toda<br />Perdido em ti<br />Eu ando em roda<br />É pau, é pedra<br />É fim de linha<br />É lenha, é fogo, é foda<br /><br />Os comunistas que me perdoem, mas, pior do que um comunista, só um comunista velho. Um bom exemplo de comunista velho e boboca é Chico Buarque. Um cara que tem como fruto maior de seu exílio a paixão pela cidade de Paris (onde se exilou em detrimento da utópica “Cuba Libre”) na qual mantém até hoje um apartamento, para onde “foge” quando quer pensar e descansar. <br />Este senhor, que outrora fora um exímio compositor, por muitos chamado de poeta, gravou em seu último álbum intitulado “Carioca” (que é uma droga!) uma música extremamente infeliz, tanto na melodia quanto na letra, na qual tenta retratar o subúrbio Fluminense. Na letra da tal música, o poeta da Bossa Nova diz que a única maneira desses subúrbios desbancarem ou competirem com a tal “cidade maravilhosa” é através de suas expressões culturais, já que visualmente é impossível. E chega a dizer que até Cristo deu as costas pra essa gente (afirmação que só mesmo um comunista pode fazer). Acontece que tanto a Baixada Fluminense quanto a Zona Norte têm belezas muito pontuais, inclusive belezas naturais. Eu me arriscaria dizer que as colinas e os morros que não são povoados, que não foram favelizados, têm uma beleza tão particular que chega a sobressair em meio às casas mal-acabadas. As moças douras da música, as que ele acha que só existem na Zona Sul, são muitas vezes “importadas” dos subúrbios. Não sei quantas vezes o nosso veterano visitou os subúrbios, mas eu tenho sido fiel freqüentadora deles ultimamente. Hoje, por exemplo, fui visitar uma amiga que mora em Inhaúma. Desta vez fiz um caminho diferente, que me revelou um bairro diferente. O que vi foi um cenário bucólico, de casas de boneca e vilas de casinhas iguais por todos os lados. Gente nos bares, pessoas conversando nos portões, crianças andando de bicicleta, a praça como ponto de encontro daqueles que um dia foram jovens e que viram tudo mudar. Um lugar tão acolhedor, o único lugar em que vi o muro de uma igreja Batista (a Primeira Igreja Batista de Inhaúma) ser o mesmo muro de uma loja de artigos de candomblé!<br />O que vi foi um lugar bonito, dentro de sua realidade, com gente bonita e aparentemente feliz. Uma gente que não deve nada par a Zona Sul, a não ser no quesito praia. Ao que parece, Chico passou mais tempo andando de bicicleta às margens do rio Sena que nos subúrbios cariocas.Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-68232692131432750372008-10-26T13:20:00.003-03:002008-10-27T22:05:20.248-03:00Quem tem coragem de ser livre?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_5AooAMkvoQqV2gY530_baN8Nel9I1-OR8u4wXZ69lCoC07a4lVJ-fq1z_rhP9L_xXiVdQJVLqSjA76lFyPWgpMmUjW249bt6OdrHlqkf4TX0kwbmyP9bNbPIbVLo1Obc7BAYIhjA5OE/s1600-h/82909619.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_5AooAMkvoQqV2gY530_baN8Nel9I1-OR8u4wXZ69lCoC07a4lVJ-fq1z_rhP9L_xXiVdQJVLqSjA76lFyPWgpMmUjW249bt6OdrHlqkf4TX0kwbmyP9bNbPIbVLo1Obc7BAYIhjA5OE/s320/82909619.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5261498454433110034" /></a><br /><br />Pela Décima Vez<br />Compositor: Noel Rosa<br />Intérprete: Roberta Sá<br /><br />Jurei não mais amar pela décima vez<br />Jurei não perdoar o que ele me fez<br />O costume é a força que fala mais forte do que a natureza<br />E nos faz dar provas de fraqueza<br />Joguei meu cigarro no chão e pisei<br />Sem mais nenhum aquele mesmo apanhei e fumei<br />Através da fumaça neguei minha raça chorando, a repetir:<br />Ele é o veneno que eu escolhi pra morrer sem sentir<br />Senti que o meu coração quis parar<br />Quando voltei e escutei a vizinhança falar<br />Que ele só de pirraça seguiu com um praça ficando lá no xadrez<br />Pela décima vez ele está inocente nem sabe o que fez <br /><br />É incrível como alguns seres humanos não conseguem dizer não a si mesmos, ainda que sabendo que seria o mais acertado a se fazer. Certa feita, conheci um homem sábio - talvez o mais sábio de todos os homens que virei a conhecer - que sempre me dizia que a verdadeira liberdade não é poder fazer tudo o que temos vontade, mas sim, verdadeira liberdade é conseguir deixar de fazer aquilo que mais se tem vontade, ou seja, é conseguir dizer não a si mesmo. Tenho passado por um momento da minha vida em que tenho conseguido, a duras penas, colocar este ensinamento em prática, mas é maravilhoso perceber como, por causa da minha natureza humana, apesar de eu conseguir dizer não à vontade esta não desaparece, me acompanha tal qual um espinho na carne. Aliás, foi assim que o apóstolo Paulo definiu o mal que o acompanhava: “um espinho na carne”.<br /> <br /> 2 Co 12:7 “E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.<br />8 Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. <br />9 E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. <br />10 Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.<br /><br />Um dos dons do espírito é o domínio próprio. Um homem que domina a si mesmo domina qualquer coisa. Nosso maior inimigo é interno e não externo. Quantas vezes somos nós os primeiros a nos prejudicar? A mulher da música de Noel não consegue dizer não a um amor fadado ao fracasso. Quantas vezes ignoramos as evidências? Cabem a nós as escolhas, não existe maldição hereditária, não existe destino que não possa ser mudado pela vontade. Não existe almoço grátis. Não existem inocentes.Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-23132237888754678012008-10-10T00:13:00.001-03:002008-10-10T00:34:07.973-03:00Os movimentos dentro do “movimento”.Dia desses eu dizia pra Aline: “O funk são vários movimentos dentro de um movimento”. Uma frase nada original, mas que saiu de um trabalho empírico que tenho feito através da audição de programas de rádios cariocas destinados às classes mais populares. Ficam claros os vários movimentos, as várias castas, os vários grupos dentro da grande “massa funkeira” – que é, aliás, uma expressão do primeiro movimento funk que houve no Brasil no início da década de 1990. Fiz um paradoxo do funk com a minha vida (olhem bem o que horas de ócio atrás de um balcão de loja de roupas de ginástica, num bairro de classe média alta, durante uma crise econômica mundial podem fazer com a mente de uma pessoa) e concluí que ela também tem seus vários movimentos dentro de um único, que é a própria vida, e que estes por várias vezes são movimentos contrários, ou ainda cíclicos. É incrível como uma situação que um dia te causou medo pode passar a ser habitual e que, quando se trocam os atores ou o cenário, pode de repente passar a ser aterrorizante novamente. Este pode parecer um texto cifrado, secreto, e talvez seja, porque fala de mim e de sentimentos meus, mas ao mesmo tempo é um texto que se encaixa à realidade de qualquer pessoa. No fundo, seguimos todos o mesmo roteiro apenas com interpretações diferentes. Buscamos sempre o bom andamento dos nossos “movimentos”, buscamos sempre nos movimentar. A diversidade é boa, a adversidade é quem complica tudo...<br />O ruim de tudo isso, é que não fui uma boa historiadora na medida em que me deixei influenciar pelo meu objeto de estudo (agora estou estudando os pagodes...) e ele tem até me encantado em algum aspecto. Voltei a ter medo do que já era banal, voltei a desconhecer aquilo no que já era catedrática, voltei a desprezar o que desejava. São os ciclos, os movimentos. A gente sempre volta pro lugar de onde partiu, mas cada recomeçou traz um cenário totalmente novo que é capaz de tornar irreconhecível a mais famosa das histórias.Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-77318230524353105082008-05-30T09:55:00.001-03:002008-05-30T10:00:45.661-03:00Santa Teresa niteroiense<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguX76q4bX-8Pi_ABs0miEBkMQEStHZWnXf4RZOWLPtTzlqf0j98bbg5JhFQuWDBhWQjBSlT14unbiSriiI9Bq4qwFDTxWWyqzkKTRbDjH73RJD2GU7vHG3tECayZUhDmcqSC8Ob8TEQGE/s1600-h/fotos+de+icarai+e+boa+viagem+(8).jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguX76q4bX-8Pi_ABs0miEBkMQEStHZWnXf4RZOWLPtTzlqf0j98bbg5JhFQuWDBhWQjBSlT14unbiSriiI9Bq4qwFDTxWWyqzkKTRbDjH73RJD2GU7vHG3tECayZUhDmcqSC8Ob8TEQGE/s320/fotos+de+icarai+e+boa+viagem+(8).jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5206155003553340082" /></a><br /><br /><br />Ontem caminhava pelo calçadão, como de costume, quando resolvi sair da minha rota diária e entrei pelas ruas do bairro de Boa Viagem. Para os leitores que não conhecem, Boa Viagem é um bairro de Niterói às margens da Baía de Guanabara. Eu nunca tinha feito esse caminho, não sabia o que ia encontrar direito. Maravilhosa foi a minha surpresa quando ao entrar na rua me deparei com vários casarões do final do século XIX e início do XX, a maioria precisando de reformas e cheirando a gato, mas todos lindos e imponentes. Aí percebi que todo o bairro era cheio desses casarões e que, não fosse pela falta de ladeiras, a Boa Viagem me lembra muito Santa Teresa (um bairro histórico e rico em casarões e expressões culturais do Rio de Janeiro). <br />Boa Viagem, o nome já diz tudo! Ao andar por aquelas ruas, fiz uma viagem no tempo. Nós pouco reparamos no que está à nossa volta. Eu moro aqui há 21 anos e não conhecia aquele lugar, ou pelo menos não tinha reparado nas suas belezas. Viver bem é muito barato, basta que nós consigamos perceber o óbvio e fazer silêncio pra ouvir o que os sons que nos rodeiam estão dizendo.<br />Você já foi até a janela hoje e parou por pelo menos 10 min pra ver o céu, pra olhar um passarinho, ou simplesmente para parar? Este devia ser o nosso exercício diário!Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-77402699700211482162008-05-27T10:11:00.002-03:002008-05-27T10:36:40.677-03:00Chamem os Jesuítas, chamem o Bope, chamem a Dona Gioconda!Alguém faça alguma coisa! Alguém se manifeste!<br />Sou só eu que estou percebendo? Brasileiros, levantai-vos! Estamos em pleno ano 2008 e ainda somos reféns dos índios. O que é isso minha gente? Ninguém mais tem índio, só nós. <br />É uma palhaçada o que está acontecendo no Norte do país. É uma palhaçada a gente ter que dar quase que a metade de um Estado para se fazer uma reserva para "índios", ainda mais índios que usam calças, dirigem carros e falam ao celular. O que aconteceu com os sinais de fumaça? <br />Querem nos convencer de que aqueles meliantes são apenas selvagens indefesos, mas eles são aqueles que andam com facões afiados, machucando pessoas inocentes e fazendo reféns. Isto é um absurdo! O que Locke, Hobes, e tantos outros grandes homens do passado diriam se nos vissem fazer a manutenção, e pior, se nos vissem incentivando o estado de natureza, a selvageria na qual estas pessoas vivem ainda nos dias de hoje? É motivo de vergonha diante do resto do mundo minha gente! Aí vêm aqueles babacas, defensores de sabe-se o que, falar em preservação da cultura indígena. O que estamos vendo não cultura indígena é a anomia e é a ausência de qualquer cultura, de qualquer ranço de civilização. Fazer reféns é um ato terrorista que deve ser punido.<br />A gente tem é que civilizar essa gente, dar escola, dar trabalho, eles são gente como qualquer outro brasileiro. Quinhentos anos se passaram, foi tempo suficiente pra esses povos indígenas serem integrados à sociedade. Aí vem a parte que eu não entendo: os índios não podem ser punidos, mas podem ser beneficiados? Não podem ser punidos ou presos quando fazem reféns ou dão com o facão em alguém, mas podem ter cotas em vestibulares e concursos? Que julgamento é esse?<br />Eu me sinto envergonhada por estar inserida num país pitoresco, selvagem e totalmente dominado por esquerdistas e suas massas de manobra: índios, quilombolas, mst.<br />O ministério público procura culpados por insuflar os índios contra os "homens brancos", por comprar pra eles facões... <br />Compatriotas do meu Brasil, ainda bem que os canibais já não mais habitam estas terras do Novo Mundo...<br />Fico por aqui, pra bom entendedor, meia palavra basta.Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-66440018512530606422008-05-20T19:52:00.002-03:002008-05-20T20:00:30.412-03:00O que você vê?Sabe aqueles testes psicológicos nos quais os caras te mostram figuras borradas? Aqui nosso desenhista era melhor. Se vc gosta de arte contemporânea, aqui está a oportunidade de várias interpretações para uma mesma obra. O pior é que sempre esteve aqui e eu nunca percebi.<br />Estava eu na sala da minha amiga Aline, quando ela e seu irmão me ofereceram diferentes interpretações para o comportamento da tartaruga que aparece atravessando a rua no topo desta página.<br />O desafio está lançado: o que você vê?<br />Demitrius acha que o réptil está pedindo carona. Aline acha que o bicho está atravessando calmamente sem ligar para o caminhão que se aproxima. Eu acho que a bicha está desesperada pelo simples fato de não saber correr. E você? Aqui você decide!Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-68577580591847334692008-05-18T23:04:00.003-03:002008-05-18T23:19:42.770-03:00Medo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJIZrw7y-GB3pCUfS2WbC9MbpaoqNAlS4sIMJt0KkEqRyC3Dst_tlL_PcGFZdBlFeM8jelZ1zUEZ3LMZpJHpEoxmlPuu3SURMrQoYZU3tMv84OgScu4hiNNPmbbPEgpcsWWJpehSUoWs4/s1600-h/scream_p.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJIZrw7y-GB3pCUfS2WbC9MbpaoqNAlS4sIMJt0KkEqRyC3Dst_tlL_PcGFZdBlFeM8jelZ1zUEZ3LMZpJHpEoxmlPuu3SURMrQoYZU3tMv84OgScu4hiNNPmbbPEgpcsWWJpehSUoWs4/s320/scream_p.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5201907265071873730" /></a><br /><br />Hoje vi como somos capazes de criar monstros quando estamos com medo. Pude entender como uma criança que tem medo de escuro é capaz de imaginar que a sombra do galho de árvore que tremula na parede do quarto no ritmo do vento seja um monstro terrível e aterrorizador. Quando temos medo, fazemos de coisas pequenas monumentos. Nos últimos dois anos tive muito medo de uma coisa, eu a achava muito grande, muito poderosa, muito linda, irresistível e inconcorrível (com a licença do neologismo). Hoje vi como era pequeno, insignificante, fraco, comum, sem graça o motivo do meu medo. Como somos patéticos quando estamos acordados e como somos ingênuos enquanto dormimos.<br />Daqui pra frente vou tentar me convencer de que não há nada, somente uma sombra de um galho balançando estampada na parede do meu quarto escuro.Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6173843087464688026.post-66411556490549454632008-05-12T14:34:00.002-03:002008-05-12T14:39:15.162-03:00AusênciaEstive fora durante muito tempo. Meu monitor queimou e estou completamente excluída do mundo digital. É bem verdade que não tenho tido vontade de escrever nada, minha alma está muito em para escrever. Como eu já disse, só escrevo bem quando estou sofrendo, só sou criativa quando estou aflita. Então, é melhor eu esperar mais um pouquinho para postar coisas interessantes aqui.<br />Bem, agora que vcs já sabem que eu não morri, fiquem em paz e até a volta!Ana Luiza Paes Araújohttp://www.blogger.com/profile/12511503169946946652noreply@blogger.com0