Venho de famílias dominadas por mulheres. Elas sempre falam mais alto, sempre dão as ordens, são sempre as donas da primeira e da última palavra. Depois de 21 anos de atenta observação, a partir da minha experiência familiar, acho mesmo que poder devia ser uma prerrogativa exclusivamente masculina. Há quem diga que mulheres no poder não fazem guerra, mas o que essa gente entende por guerra? Existe coisa mais desesperadora que mulheres falando juntas, alto e sem parar? Mulheres são seres enlouquecedores. Esses dias me peguei pensando: "o que faz uma mulher se apaixonar por outra e escolher viver com ela?". Imagine se as duas tiverem TPM ao mesmo tempo? Impensável!
Sou uma mulher conformada com a minha condição de ser irritante, apesar de muito interessante. Por que a ciência perde tanto tempo estudando os macacos, se pode se concentrar nas mulheres? Neste momento deve haver muitas mulheres injuriadas com estas linhas, mas este é um espaço de opiniões politicamente incorretas.
Nem sei porque estou escrevendo isto. Acho que é porque passei muito tempo com a minha mãe e minha tia hoje - ambas de TPM.
Caros leitores, perdoem-me por um texto tão sem pé nem cabeça, texto que não tem nenhum compromisso com a literatura não passando apenas de um desabafo.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
domingo, 23 de dezembro de 2007
O natal inventado
Oh vem, oh vem, Emanuel!
Redime o povo de Israel,
Que geme em triste exílio e dor
E aguarda, crente, o Redentor!
Dai glória a Deus! Emanuel
Virá em breve, oh Israel!
Oh vem, Rebento de Jessé,
E aos filhos teus renova a fé;
Que o diabo possam derrotar
E sobre a morte triunfar!
Dai glória a Deus! Emanuel
Virá em breve, oh Israel!
Oh vem aqui nos animar
E nossas almas despertar;
Dispersa as sombras do temor
E as nuvens negras dp terror.
Dai glória a Deus! Emanuel
Virá em breve, oh Israel!
(Hinário Luterano)
Ele veio, Emanuel veio. Atendeu ao clamor de seu povo, se fez homem, foi humilhado e morto. Sem culpa de nada, tudo sofreu. Sem consciência de tudo, o rejeitaram e o mataram. Mas não é culpa dos judeus daquela época a sua incredulidade e injustiça. Antes de serem judeus, eram homens. O ser humano não sabe mesmo retribuir amor com amor, justiça com justiça, carinho com carinho, gratidão com gratidão, fidelidade com fidelidade. Quando alguém nos ama muito, nos sentimos maiores, mais fortes, mais poderosos e com a sensação de que temos um servo a nosso dispor. Quando alguém nos é fiel, achamos que ele se torna incapaz de fazer qualquer coisa que nos desagrade, e pior, achamos que não precisamos fazer a manutenção desta fidelidade. Quando estamos "por cima", tendemos a acreditar que não vamos cair e que todos os que estão em baixo, abaixo ou por baixo são menores e inferiores. O ser humano é vil e mau por natureza, é por natureza pecador. Estamos sempre insatisfeitos, e somos incapazes de dar importância às coisas pequenas e fundamentais. Andamos em direção ao precipício. A humanidade está em franco declínio, caminhamos para a morte eterna. A única salvação está em Emanuel, no redentor, no consolo, na esperança. Mas, humanos que somos, ainda assim ignoramos a salvação e continuamos pedindo "oh vem Emanuel". Mas o Emanuel de muitos é o dinheiro, o poder, a bebida, as dorgas, os prazeres, as coisas corruptíveis e fugazes. Quantas pessoas estão hoje, neste momento, enfrentando filas e shoppings lotados para levarem a salvação do seu próprio Emanuel pra casa? Quantos natais inventados serão comemorados amanhã? Quantas famílias que não se falam o ano inteiro irão se reunir para celebrar alguma coisa que nem sabem o que é, com a simples intenção de trocar presentes? Quantos Emanuéis nós inventamos ao longo deste ano? Firmada em quê esteve a nossa esperança?
São muitas perguntas e uma só resposta: precisamos lembrar o motivo do natal e aceitar a salvação da páscoa.
Páscoa? Ah! vai me dizer que você ainda acha que coelho põe ovos, e de chocolate?
Desejo a todos os meus leitores um natal verdadeiro, abençoado pelo Espírito Santo, e que todos possam comemorar a vinda de Emanuel, o messias.
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