sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Minha filha, namore os livros!

Minha mãe sempre me dizia que o melhor partido era a minha carreira, e que eu devia namorar os livros. Sempre achei que isto era metáfora, mas agora, olhando para a minha cama e vendo a quantidade de papel e de livros que está sobre ela, percebo que entendi o conselho da minha mãe de forma literal. ou seja, eu estou literalmente dormindo com os livros. Não sei se isso se deve a escassez de homens disponível e de bom currículo neste mundo, ou se é simplesmente culpa minha. É que eu tenho por hábito entender as metáforas literalmente e achar que as coisas literais são metáfora. Ai meu Deus! Agora eu entendo... não é um problema de falta de homem, mas um problema com figuras de linguagem. Eu sabia que não devia pegar tantas eletivas nos cursos de Literatura. Mas já que estou nisso, e agora que descobri o "x" da questão, posso me tornar menos exigente se trocar as metáforas por metonímias. Assim poderei tomar a parte pelo todo, e um homem que tenha apenas belas pernas irá me satisfazer plenamente.
Acho que estou perdendo a cabeça. Isso foi uma metáfora, não foi?

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Ontem Ao Luar
Compositor: Catúlo Da Paixão Cearence/ Pedro Alcântara

Ontem ao luar
Nós dois em plena solidão
Tu me perguntaste
O que era dor de uma paixão
Nada respondi
Calmo assim fiquei
Mas fitando azul do azul do céu
A lua azul e te mostrei
Mostrando a ti dos olhos meus correr senti
Uma nívea lágrima e assim te respondi
Fiquei a sorrir por ter o prazer de ver a lágrima nos olhos a sofrer
A dor da paixão não tem explicação
Como definir o que só sei sentir
É mister sofrer para se saber
O que no peito o coração não quer dizer
Pergunto ao luar travesso e tão taful
De noite a chorar na onda toda azul
pergunto ao luar do mar a canção
Qual o mistério que há na dor de uma paixão
Se tu desejas saber o que é o amor
Sentir o seu calor
O amaríssimo travor do seu dulçor
Sobe o monte a beira mar ao luar
Ouve a onda sobre a areia lacrimar
Ouve o silêncio a falar da solidão
De um calado coração
A penar a derramar os prantos seus
Ouve o choro perenal a dor silente universal
E a dor maior que a dor de Deus
Se tu queres mais
Saber a fonte dos meus ais
Põe o ouvido aqui na rósea flor do coração
Ouve a inquietação da merencória pulsação
Busca saber qual a razão
Porque ele vive assim tão triste a supirar
A palpitar em desesperação
Na queima de amar um insensível coração
Que a ninguém dirá no peito ingrato em que ele está
Mas que ao sepulcro fatalmente o levará

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Bienal

Primeiro peço desculpa pelo meu silêncio, os tempos não estão para escrever.
Nossa vida é um constante afogamento, mas há momentos em que entramos em bolhas e podemos respirar. Ontem encontrei uma destas bolhas, a bienal do livro. Foi muito bom sair de casa e ir para lá naquelalonjura - o Rio Centro - e ver pela primeira vez o que é uma bienal. Ri muito, encontrei vários amigos, e, como fui no último dia, comprei livros muito abaixo do preço. No total, trouxe 9 livros pra casa! Voltei mais feliz, eufórica com minhas compras. Mulheres fúteis ficam histéricas com compras num shopping, mulheres como eu ficam malucas quando podem comprar 9 livros sem gastar muito.
Pena que, como ja diz o nome, a bienal só acontece de 2 em 2 anos.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

As voltas que a vida dá

Por vezes me pergunto se é o homem quem faz o meio ou o meio quem faz o homem. Meu pai – que sempre se quis sábio – repete aos quatro ventos que quem é bom nasce feito, e que boa índole não se aprende, nasce-se tendo ou não. Não concordo com ele. Acho que a boa educação pode resolver quase tudo. Há um versículo bíblico que diz: ensina a criança no caminho em que deve andar, e quando crescer não se desviará dele. Estes dias perdi um amigo. Não para a morte, mas para a criminalidade, que é uma morte muito pior. Aí fiquei pensando novamente nesta disputa naturalismo x realismo. Fiquei pensando qual foi o motivo, o que o levou a entrar nesta vida, e até coloquei a culpa no meio onde ele estava inserido. Mas a verdade é que morar no morro não é prerrogativa para ser bandido, e que o sistema não é culpado pelo desvio de caráter das pessoas. Ser pobre não é justificativa para cometer crimes, violência, ou para rebeldia.
Ele era um menino maravilhoso, e sei que ainda é. Mas a vida é cheia de caminhos tortuosos pelos quais nos deixamos enveredar por diversas vezes. Mas nunca é tarde para voltar atrás, e espero que, assim que ele pagar o que deve à sociedade, volte aos bons caminhos os quais um dia deixou.
Me sinto culpada por não ter estado por perto, por não ter conseguido evitar que as coisas chegassem aonde chegaram, mas agora é tarde.
Meu coração sangra só de imaginar que aquele menino, que chegava a ser bobo de tão pacífico, esteja agora numa penitenciária, dividindo um cubículo imundo com sabe Deus mais quantos desafortunados iguais a ele, sob uma acusação da qual será difícil de se livrar.
Pois é. O que eu poderia ter feito, não fiz. Agora é tarde.
Uma das pessoas que mais amo sempre me diz que um homem morre várias vezes nesta vida. Fiquem por perto dos seus amigos, não deixem que eles virem ovelhas perdidas.

domingo, 9 de setembro de 2007

Grito de independência

Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Poema: Evaristo da Veiga
Música: D. Pedro I

Sempre achei que o hino nacional deveria ser o hino da independência. É muito mais bonito, mais melodioso, mais fácil de decorar, enfim. Passou o sete de setembro, passaram as comemorações e eu ainda não havia me emancipado. Estava presa ao meu quarto, meu computador, meus livros, minha monografia e - fiquei sabendo no feriado de independência - ao bendito relatório que tenho que entregar até dia 12 deste mês ao CNPq. Aí, pela manhã recebi uma ligação e um convite irrecusável: vamos à praia? Gente, não tive outra reação senão chutar o pau da barraca, dar o meu grito de independência e ir para a praia.
Como eu me senti bem ao chegar àquele lugar paradisíaco, ao saborear o delicioso ócio que há tanto não provava. A liberdade de fechar um laptop é algo indescritível! conclamo a todos os brasileiros a aproveitarem o sol de cada dia que Deus dá, lembrar que nem só de trabalho vive o homem, e que estamos fazendo uma participação especial neste mundo, e finalmente saber a hora de dizer: basta! Depois você voltará muito mais animado pro trabalho, com mais criatividade, inspiração e disposição.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Fundação Viva Caju


Imagem:Google imagens

O excelentíssimo "presidenti" Luis Inácio lula da Silva é uma criatura possuidora de um intelecto sem igual. Por vezes acho que as palavras por ele proferidas são de um requinte intelectual humanamente inalcansável. Esse dias "Luisim" cuspiu a seguinte pérola: " Em algum momento da história, algum de nós cometeu uma grande injustiça com o caju".
É, meus caros! O "presidenti" estava discursando sobre a fruta, o caju, que é totalmente desperdiçado por certas industrias exportadoras de castanha. É que o que dá lucro mesmo é a castanha e não a popa.
Aí eu me pego pensando... Será que o governo vai lançar um "Bolsa Caju"? Medidas afirmativas para repar as injustiças sociais sofridas pela fruta ao longo de toda a nossa história? Se for assim, eu vou tratar de plantar um cajueiro no meu quintal. Pensando melhor, eu posso criar uma ONG. E já tem até nome: "Fundação Viva Caju". Tem também palavra de ordem: "Fora a Castanha, a Alca e o FMI! Viva a Popa!
Lula vem fazendo declarações a la Mãe Diná, como no dia em que foi perguntado por um repórter sobre o resultado do julgamento do mensalão. O "presidenti" parecia um jogador de futebol ou um vidente impreciso, que tem seu discurso decorado. Isto repetiu na sua declaração sobre o injustiçado cajuzinho, pois o excelentíssimo não disse quem cometeu nem quando foi cometida a tão injustiça.
Pausa para uma frase preconceituosa: É no que dá ter no poder um Silva ao invés de um Bragança!
hahahaha