quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Desabafo


Ando num estado de improdutividade intelectual terrível!
Olho para a folha em branco, ou melhor, para a página em branco do word, e não consigo escrever nada coerente, nada que cause orgulho ou satisfação.
É engraçado porque a vida dá uns saltos, faz umas curvas e muda totalmente o nosso foco, o nosso rumo. Há três meses atrás eu me via às voltas com uma seleção para mestrado, uma bibliografia de 10 livros e a obrigação de escrever um projeto de pesquisa de 40 laudas. Hoje vivo rodeada de carretas, peões (extremamente educados e agradáveis), sondas, bobinas, embarques e desembarques, PO's e RT's... Não vejo mais televisão, não leio mais jornais, nem tenho nenhuma bibliografia obrigatória. Pela primeira vez na minha vida pós-acadêmica tenho tempo e liberdade para ler por prazer e somente aquilo que tenho vontade. Mas tudo isso me fez perceber que só sou capaz de escrever com um motivo: quando estou muito triste ou aporrinhada, ou quando me sinto obrigada. Com isso, me meti numa inércia intelectual fantástica, numa preguiça literária fora do comum. Isto me incomoda. Sinto-me como uma árvore seca. Mas, em contrapartida, tenho experimentado coisas e sensações novas pra mim. Talvez sejam essas coisas tão mais interessantes que me fazem deixar em segundo plano essas bobagens acadêmicas. A final de contas, porque ter uma produção intelectual séria e linear aos 22 anos se eu posso ser simplesmente uma jovem normal de 22 anos? Talvez seja isso! Talvez, pela primeira vez, eu esteja me comportando como as pessoas normais da idade...
É isso! Cansei de ser precoce. Aliás, sem falsa modéstia, cansei de ser brilhante. Um pouquinho de inconseqüência não faz mal ninguém. Cansei de querer envelhecer. Viva a juventude!!!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

De Pileque

Se eu não sofresse de aminésia alcoolica, eu escreveria um texto sobre isso...