quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Carta aos leitores


Caros leitores,
peço-lhes desculpas pelo silêncio das linhas que já não mais escrevo. Minha vida sofreu uma brusca mudança da noite de domingo pra cá. Desde então não tenho vontade de quase nada, isto inclui escrever. Mas é uma má fase que vai passar, como tudo na vida (inclusive o governo Lula, eu espero). Assim que me sentir novamente apta e inspirada, volto a publicar neste meu lugar as minhas bobagens particulares, do meu público mundo particular.
Tudo o que eu tinha por certo virou... virou, desapareceu. Virou dúvida, talvez, ou somente certeza de que deixou de existir. Só me restou a certeza de que Deus é Deus (para o espanto de muitos, sou uma historiadora fundamentalista) e isto me afasta dos ímpetos suicidas, graças a Deus.
Quando eu conseguir olhar o mundo ao meu redor e tirar alguma conclusão sobre ele novamente, aí sim volto aqui e retomo este blog. Não vai demorar muito, I'II survive!

Lembranças doloridas e dolorosas

É só isso
Não tem mais jeito
Acabou, boa sorte

Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará

Tudo o que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz

Tudo o que quer de mim
Irreais
Expectativas
Desleais

Mesmo, se segure
Quero que se cure
Dessa pessoa
Que o aconselha

Há um desencontro
Veja por esse ponto
Há tantas pessoas especiais

Tudo o que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz

Um bom encontro é de dois


Vanessa da Mata e Ben Harper

2 comentários:

Atila Roque disse...

Ana Luiza, volte logo. Pode acreditar, tudo ou quase tudo passa. Nós, certamente, passamos. E levamos tudo com a gente, como diria o andróide de "Blade Runner", um filme do meu tempo. A vida só vale mesmo pelos seus sabores, doces e amargos.

Atila

*Mr. Tambourine* disse...

Tudo passa! Até uva passa!
Melhoras Ana Luíza!
E vê se volta logo, pois as nossas discussões vão me fazer falta.

E como diz o meu livro de cabeceira preferido:

"Nem surgisse um olhar de piedade ou de amor
Nem houvesse uma branca mão que apaziguasse minha fronte palpitante...
Eu estaria sempre como um círio queimando para o céu a minha fatalidade
Sobre o cadáver ainda morno desse passado adolescente.

Talvez no espaço perfeito aparecesse a visão nua
Ou talvez a porta do oratório se fosse abrindo misteriosamente...
Eu estaria esquecido, tateando suavemente a face do filho morto
Partido de dor, chorando sobre o seu corpo insepultável.

Talvez da carne do homem prostrado se visse sair uma sombra igual à minha
Que amasse as andorinhas, os seios virgens, os perfumes e os lírios da terra
Talvez… mas todas as visões estariam também em minhas lágrimas boiando
E elas seriam como óleo santo e como pétalas se derramando sobre o nada.

Alguém gritaria longe: – "Quantas rosas nos deu a primavera!..."
Eu olharia vagamente o jardim cheio de sol e de cores noivas se enlaçando
Talvez mesmo meu olhar seguisse da flor o vôo rápido de um pássaro
Mas sob meus dedos vivos estaria a sua boca fria e os seus cabelos luminosos...." (O Olhar para trás de Vinícius de Moraes)

Bjão!