segunda-feira, 6 de agosto de 2007

E os filhos dos policiais vivos?


Cota para filho de policial morto gera debate
Nova medida só vale para o vestibular da Uerj.
Policiais federais também querem ser contemplados.


Dório Victor Do G1

O governador do Rio, Sérgio Cabral, sancionou no mês de julho uma lei que inclui no sistema de cotas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) os filhos de policiais civis e militares, bombeiros, inspetores de segurança e de administração penitenciária que foram mortos em serviço ou ficaram inválidos permanentemente. A nova medida está gerando polêmica no meio acadêmico.

Estou pasma! Foi a Pris quem me deu a notícia.
Alguém pode me dizer onde é a linha de chegada desta corrida maluca de corredores loucos?
Minha gente, este é o fim da picada! Sérgio Cabral - aquele do "pra ficar legal" - não tem que acirrar mais ainda a concorrência dos concursos vestibulares com cotas pra filhos de policiais mortos, tem é que dar segurança pra esses homens trabalharem, salários dignos, uma educação decente na rede pública para os filhos deles... Será que estou louca? Será que sou muito má??? Não sei. Mas ainda continuo a perguntar: Como é que pode? Os policiais federais têm razão de ficarem enciumados, a mixórdia já é generalizada mesmo.
E aí me vem uma preocupação: vai ficar ainda mais difícil pra pessoas brancas, de colégios particulares e com pais vivos conseguirem ingressar na faculdade. Pode parecer cruel o que estou dizendo, mas fazem Cotas para incluir, só que não estão percebendo que, com excesso de cotas, os não-cotistas serão excluídos. A regra virou exceção e a exceção regra.
Thomas Sowel bem que avisou que em todos os países onde o sistema de cotas provisórias foi adotado, ele acabou sendo permanente. É o que está acontecendo conosco. As cotas não só vieram para ficar, como estão se diversificando. Antes a preocupação era com os "negros" - por causa de anos de escravidão, blá, blá, blá. Tínhamos também indígenas, vieram os deficientes, os alunos de escola pública (estes, devido a um ensino deficiente)e agora me vêm com cotas pra filhos de policiais e bombeiros mortos em serviço? Ah! Façam-me um favor!
E chega! Eu estou gastando o meu latim, abusando do vernáculo, pra a grande maioria dos leitores me achar um monstro racista, elitista e, certamente, vai ter quem me chame de neoliberal (não façam isto, prefiro ser chamada de liberal). Mas é o preço que se paga por viver na contramão.

3 comentários:

Unknown disse...

SUA NEOLIBERALLL!!! Racista e elitista de Niterói!!! Ñ Tens vergonha??? vc quer que o estado continue a servir às classes brancas e abastadas, não é, sua imorallll!!!

Beijos! rsrs

*Mr. Tambourine* disse...

Ah não!
Cadê o bom senso dos políticos?
Que isso....

Agora você para ter acesso garantido a uma instituição não basta ser cidadão. Tem que ter o pai morto.
Ah não!
To quase desistindo do meu Brasil....

Diferentemente do colega aí de cima, acredito que isto nada tem a ver com conflito de classes. Afinal, nem todo policial é negro e pobre. Esta afirmação dele nada mais é que uma redução da realidade....
Isto tem a ver com pressões vindas dos quartéis. Sempre é dificíl negociar com os militares....
Em vez de dar segurança, eles vão criar mais um problema...
Eu hein......

Ah, não deu para comentar o ultimo post, pois estava no final de semana na Serra do Cipó em meios a lindas cachoeiras...
Perfeito o post.
O amor realmente é simples e complexo ao mesmo tempo... Daí a dificuldade de se entender e conviver com este sentimente...
Entende?

Bjão!

O Amor disse...

Bom dia! E os filhos de 'outros mortos' (que não policiais)? Ahahahah!!! Olha, como a partir dos anos 80, o chamado mundo ocidental vem sendo marcado por uma coisa chamada 'democracia de classes', aí dá nisso. Cada categoria, de modo independente, exerce pressão sobre os governantes e, assim, buscam vantagens apenas para seu grupo restrito. Isso é bom? De certa forma sim, pois é mais fácil conquistar vantagens para grupos menores e em separado, que para grupos imensos (faces os custos que isso representa para o Estado). Contudo, destrói um dos pilares do direito, qual seja a 'isonomia', a 'igualdade entre os homens'. Mas isso é Brasil. Aqui nunca houve mesmo igualdade entre os homens, nem dá mostras de que os abismos serão removidos nos próximos cem anos. Então, vamos sempre assistir a isso. Cotas pra negros; cotas pra filhos de 'alguém-cujo-sindicato-seja-forte'; perdão para as dívidas bilionárias contraídas pelos endinheirados agricultores sulistas; verbas especiais para parlamentares; impunidade vitalícia para magistrados; e tantos outros absurdos. E, sabendo que a polícia, não rarametne, é mais criminosa que o chamado 'bandido', alguém vai ter coragem de protestar publicamente contra as vantagens conferidas aos filhos de policiais? Grande abraço!