sexta-feira, 30 de maio de 2008

Santa Teresa niteroiense




Ontem caminhava pelo calçadão, como de costume, quando resolvi sair da minha rota diária e entrei pelas ruas do bairro de Boa Viagem. Para os leitores que não conhecem, Boa Viagem é um bairro de Niterói às margens da Baía de Guanabara. Eu nunca tinha feito esse caminho, não sabia o que ia encontrar direito. Maravilhosa foi a minha surpresa quando ao entrar na rua me deparei com vários casarões do final do século XIX e início do XX, a maioria precisando de reformas e cheirando a gato, mas todos lindos e imponentes. Aí percebi que todo o bairro era cheio desses casarões e que, não fosse pela falta de ladeiras, a Boa Viagem me lembra muito Santa Teresa (um bairro histórico e rico em casarões e expressões culturais do Rio de Janeiro).
Boa Viagem, o nome já diz tudo! Ao andar por aquelas ruas, fiz uma viagem no tempo. Nós pouco reparamos no que está à nossa volta. Eu moro aqui há 21 anos e não conhecia aquele lugar, ou pelo menos não tinha reparado nas suas belezas. Viver bem é muito barato, basta que nós consigamos perceber o óbvio e fazer silêncio pra ouvir o que os sons que nos rodeiam estão dizendo.
Você já foi até a janela hoje e parou por pelo menos 10 min pra ver o céu, pra olhar um passarinho, ou simplesmente para parar? Este devia ser o nosso exercício diário!

terça-feira, 27 de maio de 2008

Chamem os Jesuítas, chamem o Bope, chamem a Dona Gioconda!

Alguém faça alguma coisa! Alguém se manifeste!
Sou só eu que estou percebendo? Brasileiros, levantai-vos! Estamos em pleno ano 2008 e ainda somos reféns dos índios. O que é isso minha gente? Ninguém mais tem índio, só nós.
É uma palhaçada o que está acontecendo no Norte do país. É uma palhaçada a gente ter que dar quase que a metade de um Estado para se fazer uma reserva para "índios", ainda mais índios que usam calças, dirigem carros e falam ao celular. O que aconteceu com os sinais de fumaça?
Querem nos convencer de que aqueles meliantes são apenas selvagens indefesos, mas eles são aqueles que andam com facões afiados, machucando pessoas inocentes e fazendo reféns. Isto é um absurdo! O que Locke, Hobes, e tantos outros grandes homens do passado diriam se nos vissem fazer a manutenção, e pior, se nos vissem incentivando o estado de natureza, a selvageria na qual estas pessoas vivem ainda nos dias de hoje? É motivo de vergonha diante do resto do mundo minha gente! Aí vêm aqueles babacas, defensores de sabe-se o que, falar em preservação da cultura indígena. O que estamos vendo não cultura indígena é a anomia e é a ausência de qualquer cultura, de qualquer ranço de civilização. Fazer reféns é um ato terrorista que deve ser punido.
A gente tem é que civilizar essa gente, dar escola, dar trabalho, eles são gente como qualquer outro brasileiro. Quinhentos anos se passaram, foi tempo suficiente pra esses povos indígenas serem integrados à sociedade. Aí vem a parte que eu não entendo: os índios não podem ser punidos, mas podem ser beneficiados? Não podem ser punidos ou presos quando fazem reféns ou dão com o facão em alguém, mas podem ter cotas em vestibulares e concursos? Que julgamento é esse?
Eu me sinto envergonhada por estar inserida num país pitoresco, selvagem e totalmente dominado por esquerdistas e suas massas de manobra: índios, quilombolas, mst.
O ministério público procura culpados por insuflar os índios contra os "homens brancos", por comprar pra eles facões...
Compatriotas do meu Brasil, ainda bem que os canibais já não mais habitam estas terras do Novo Mundo...
Fico por aqui, pra bom entendedor, meia palavra basta.

terça-feira, 20 de maio de 2008

O que você vê?

Sabe aqueles testes psicológicos nos quais os caras te mostram figuras borradas? Aqui nosso desenhista era melhor. Se vc gosta de arte contemporânea, aqui está a oportunidade de várias interpretações para uma mesma obra. O pior é que sempre esteve aqui e eu nunca percebi.
Estava eu na sala da minha amiga Aline, quando ela e seu irmão me ofereceram diferentes interpretações para o comportamento da tartaruga que aparece atravessando a rua no topo desta página.
O desafio está lançado: o que você vê?
Demitrius acha que o réptil está pedindo carona. Aline acha que o bicho está atravessando calmamente sem ligar para o caminhão que se aproxima. Eu acho que a bicha está desesperada pelo simples fato de não saber correr. E você? Aqui você decide!

domingo, 18 de maio de 2008

Medo



Hoje vi como somos capazes de criar monstros quando estamos com medo. Pude entender como uma criança que tem medo de escuro é capaz de imaginar que a sombra do galho de árvore que tremula na parede do quarto no ritmo do vento seja um monstro terrível e aterrorizador. Quando temos medo, fazemos de coisas pequenas monumentos. Nos últimos dois anos tive muito medo de uma coisa, eu a achava muito grande, muito poderosa, muito linda, irresistível e inconcorrível (com a licença do neologismo). Hoje vi como era pequeno, insignificante, fraco, comum, sem graça o motivo do meu medo. Como somos patéticos quando estamos acordados e como somos ingênuos enquanto dormimos.
Daqui pra frente vou tentar me convencer de que não há nada, somente uma sombra de um galho balançando estampada na parede do meu quarto escuro.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Ausência

Estive fora durante muito tempo. Meu monitor queimou e estou completamente excluída do mundo digital. É bem verdade que não tenho tido vontade de escrever nada, minha alma está muito em para escrever. Como eu já disse, só escrevo bem quando estou sofrendo, só sou criativa quando estou aflita. Então, é melhor eu esperar mais um pouquinho para postar coisas interessantes aqui.
Bem, agora que vcs já sabem que eu não morri, fiquem em paz e até a volta!