domingo, 18 de maio de 2008
Medo
Hoje vi como somos capazes de criar monstros quando estamos com medo. Pude entender como uma criança que tem medo de escuro é capaz de imaginar que a sombra do galho de árvore que tremula na parede do quarto no ritmo do vento seja um monstro terrível e aterrorizador. Quando temos medo, fazemos de coisas pequenas monumentos. Nos últimos dois anos tive muito medo de uma coisa, eu a achava muito grande, muito poderosa, muito linda, irresistível e inconcorrível (com a licença do neologismo). Hoje vi como era pequeno, insignificante, fraco, comum, sem graça o motivo do meu medo. Como somos patéticos quando estamos acordados e como somos ingênuos enquanto dormimos.
Daqui pra frente vou tentar me convencer de que não há nada, somente uma sombra de um galho balançando estampada na parede do meu quarto escuro.
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2 comentários:
ana, essas coisas me deixam sem saber o que dizer; tanto o medo quanto as palavras que você disse (que me causam medo, cê sabe). ainda não coloquei os óculos hoje. olha, mas acho sempre bom não ver nem pequeno nem grande, ver o tamanho que é, ao menos o tamanho aproximado. sabe o filme Predador? o Predador vê o mundo todo em verde, o mundo não é verde, é coisa dos olhos do Predador, enfim...
estou esperando as palavras aparecerem, mas não marcamos encontro. acho que vou optar, por falta de opção, em continuar tendo medo e atração por você, pior (!) por nós. é porque olhamos pra mesma flor na senzala, a única. o que acha? acho que foi isso, tão poucos olham pra ela...
e lembrei do Hunter Thompson: "Fear & Loathing" mas, como ainda não li, não sei que parte.
hasta!
Isto me lembrou aquele livro "O Segredo"...
Monitor queimado?
Acho que seria a solução para mim...
huahuahuhuahua
bjao!
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