terça-feira, 7 de abril de 2009

Ah! Os Romanos!



Nunca entendi de fato a verdadeira razão da metodologia romana de conquista de território, até agora. Como historiadora eu até que me dava por satisfeita com aquela clássica explicação que rezava que os romanos assimilavam a cultura dos povos conquistados porque – para além da curiosidade natural deles pelo desconhecido – o ser humano em geral tem uma capacidade, ou mesmo uma necessidade, natural de aprender e esta é sempre maior do que a capacidade de desaprender. Na verdade, quando uma pessoa realmente aprende alguma coisa nunca mais consegue se desvencilhar daquele aprendizado, ainda que ele vire apenas uma vaga lembrança. O que fazemos ao longo da vida é aprimorar, nos reinventar, mas sempre baseados num ponto de partida.
Os romanos fizeram isso com os gregos. Conquistaram, submeteram, assimilaram, aprimoraram e subrepujaram. Mas não teriam sido exatamente o que foram se os gregos não tivem desempenhado o seu papel nesta história. O mesmo acontece conosco. Por diversos momentos queremos evitar situações ou apagar da memória momentos ruins de nossas vida. Mas o que não conseguimos perceber é que se a finalidade da guerra é o triunfo, as derrotas em algumas batalhas foi tão importante quanto as vitórias. É como já disseram: “O universo conspira a nosso favor”. E é como diz a Bíblia: “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”.
Há um tempo atrás, alguém que eu amava muito costumava me dizer as coisas que me aconteceriam no futuro, um futuro que eu não poderia didvidir com ele. Eu achava absurdas todas aquelas bobagens que ele dizia, e durante muito tempo eu quis apagar ele e tudo o que dele eu tinha ouvido durantes aqueles anos. Mas hoje eu vejo que ele estava coberto de razão, todas as profecias dele estão se cumprindo e finalmente percebi que restaram em mim manias que eram dele, coisas que eu criticava e que hoje faço igual (como dormir com os pés descobertos). Mas o mais interessante de tudo é que hoje eu percebo que jamais poderei apagá-lo da minha memória, porque tudo o que sou hoje é fruto dessa simbiose, desse resultado de mim mesma que surgiu depois de conhecê-lo e de ter que “esquecê-lo”. Sofrimento faz crescer, quedas ensinam a levantar e amores que morrem nos ensinam mais coisas boas do que ruins. Hoje sou mais completa, mais realista, mais mulher, mais madura, mais determinada, mais dona de mim. Hoje sei que vale à pena assimilar a cultura do povo conquistado e aprender com ele, mas – tal qual os romanos - também sei que não posso me esquecer quem é o conquistador.

Um comentário:

Lilian Leite disse...

adorei essa foto renascentista ai!!! vc gosta de historia? eu adoro qualquer hora vou publicar uma postagem sua ai t dou os creditos posso? bjuu t++